sábado, 9 de abril de 2011

Resenha sobre o filme A Máquina.

Antônio “de dona Nazaré” é o único habitante da cidade de Nordestina que não quer ir para o mundo. Karina “da rua de baixo”, bela moça por quem ele é apaixonado, tem o sonho de ser atriz e, para realizá-lo, ela decide se aventurar no mundo. Como não pretende deixar sua amada ir embora, Antônio promete trazer o mundo para ela.
Essa é a história contada pelo filme A Máquina, lançado em 2006, dirigido por João Falcão e estrelado por Mariana Ximenes, Gustavo Falcão e Paulo Autran.
Durante o desenvolvimento do enredo é possível perceber a influência das Vanguardas Européias. Nos diálogos, em algumas cenas, como a que apresenta Karina cantando, e em alguns posicionamentos de câmera, percebe-se o Surrealismo, pois há uma mistura da realidade e imagens do subconsciente. O Cubismo aparece principalmente durante o baile de máscaras e na vista panorâmica da cidade, por causa das várias formas geométricas e das cores fortes. O fascínio pelo mundo moderno, com toda sua tecnologia e a vontade de sair do marasmo da pequena cidade expressada pelos moradores mostra uma visão bastante parecida com a futurista. Na máquina que Antônio constrói, feita com o carro e as 700 lâminas, percebe-se influências do Dadaísmo, por causa da sobreposição de imagens, característica dessa vanguarda.
Janine Castro. 

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